Aqui ficam algumas das minhas fotos da Amazónia. São muito beras mas servem para mostrar um pouquinho das aventuras e - espero eu - entusiasmar quem passa por este blog para uma visita à exposição. Garanto-vos que na exposição temos fotografias fantásticas feitas por três especialistas. Além de muitos desenhos, é claro! E banda sonora! E excertos de relatos de vários diários!
Geralmente quando saio para expedições costumo fazer questão de deixar para trás a máquina fotográfica, para evitar peso extra e para me concentrar apenas a desenhar. E também porque não tenho grande paciência para a fotografia... Mas a ida à Amazónia foi uma excepção, por ser um viagem única e porque a diversidade de temas é tão absurdamente vasta que, por muito que se rabisque, não há maneira de captar no papel tudo o que se encontra de interessante.
Esta foi a nossa casa, ao longo de duas semanas: o barco Dorinha. O capitão Moacir está em primeiro plano na canoa.
Um tronco oco onde podem haver morcegos, formigas agressivas e centopeias venenosas? É lá que o
Marco vai explorar!
O Dorinha não chega aos rios com menor profundidade, por isso saímos de canoa para chegar a todo o lado.
Numa saída nocturna os nossos guias apanharam dois pequenos jacarés para desenharmos: um jacaré açú (na foto) e um jacarétinga. Uns seguravam, outros desenhavam, e os bichos ia passando de mão em mão. Bem agarrados, é claro! (Foto de
Marcos Oliveira)
Os guias detectaram uma mancha castanha lá no alto das árvores e identificaram-na como uma preguiça. Subiram às árvore com a maior naturalidade e incrível destreza, apanharam a preguiça e desceram-na para a vermos.
Era um macho, visto que tinha um padrão característico nas costas. Parecia um boneco com um ar desajeitado fora da árvore. Piscava os olhos em câmara lenta. Esticava muito as patas em busca de algum ramo para se agarrar. Foi trazido para dentro da canoa onde sentimos o toque do pêlo mais áspero ou mais fino e detectámos parasitas.
Toquei numa patinha e senti-a fechar-se muuuuuito devagarinho. Quando me apercebi tinha dois dedos a serem espremidos. A Sandra achou que se a preguiça agarrasse outro dedo, largava os meus. Ficámos as duas penduradas por cima do Pedro Mendes, agarradas pela preguiça.
Caminhada na floresta para visitar uma árvore monumental, uma samaúma, caída no ano anterior.
Mestre Pedro Salgado encantado com um peixe gato.
A caminho da cachoeira do Aturiá. Aqui a água do rio é cor de coca cola e é transparente.
Pois... porque ao contrário do que se possa esperar, na Amazónia não é normal a água ser transparente... varia entre as cores do chá, do café com leite ou da coca cola!