sábado, agosto 13, 2016

2016 na Casa da Cerca


Foi em Junho de 2013 que orientei a primeira oficina de desenho livre no jardim da Casa da Cerca, em Almada. Propus um olhar à riqueza vegetal do Chão das Artes como pretexto para aprender e refinar o desenho de observação.



Desde então, em cada mês, encontramos sempre algo de novo, que capturamos no caderno de campo - o florir das amendoeiras, o colorido dos frutos, a libertação das fibras de algodão das cápsulas amadurecidas, a folhagem ou as silhuetas das árvores despidas. Adoro orientar estas sessões em que paramos e despertamos para as coisas pequeninas e maravilhosas que vão acontecendo silenciosamente na natureza enquanto andamos distraídos na correria do dia-a-dia.


Diário gráfico de Cláudia Mestre:
Experiências com tintas vegetais preparadas com plantas do jardim por Sónia Francisco



O interesse dos participantes e a quantidade de desenhos têm crescido e por isso em 2016 tivemos novos frutos que brotaram do crescimento da oficina: uma mostra e novas formações.



A mostra de desenhos da oficina, sob a forma de um painel na parede de entrada da estufa, foi inaugurada em Fevereiro e continua disponível para inspirar quem queira juntar-se a nós no primeiro sábado do mês.




Já as novas formações, foram duas oficinas mais avançadas de duas sessões cada: Técnicas básicas de aguarela em Maio e Aguarela Botânica em Julho.



Além da minha presença nas oficinas, um dos meus trabalhos de desenho tem estado presente na atual exposição na capela: é o desenho da evolução do dragoeiro, inspirado pelo jovem espécime de 15 anos que vive na parte mais alta do jardim. Pertence ao acervo da Casa e fí-lo para a exposição Sobre-natural em que participei na Casa da Cerca em 2011. (Em 2013 este desenho também viajou até aos Açores para ser mostrado no Instituto Açoriano de Cultura.)



Agradeço a toda a equipa da Casa da Cerca o maravilhoso acolhimento e oportunidade de viver este espaço de uma forma tão rica.


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