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domingo, novembro 07, 2010

Expedição Amazónia Exposição #3


Estas são algumas fotos da exposição. Não estão boas, mas foi o que pude arranjar.
A exposição é bem mais bonita ao vivo e merece uma visita com calma.



Cada participante na expedição Amazónia tem na exposição uma vitrina com objectos pessoais que foram relevantes para si durante a viagem.


Este mapa da Jenny Keller é uma síntese do nosso percurso pelo rio Solimões (porção do Amazonas) e rio Negro.


Pode ser vista uma projecção de paisagens fotografadas por Steve Stoer.


Os textos da exposição incluem a referência à viagem filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira no séc. XVIII (Miguel Faria), uma introdução aos ecossistemas amazónicos (Henrique Queiroga) e a apresentação da visão do Grupo do Risco (Pedro Salgado). A exposição é pontuada por excertos do diário de bordo de vários participantes na expedição.

A julgar pelos resultados, parece ninguém ter visto a mesma Amazónia, cada um desenhou a sua. O somatório revela que, além de muitos olhares cruzados, há uma Amazónia que produziu um forte impacto em todos.

Pedro Salgado


Os filmes da exposição incluem um documentário filmado por Luís Quinta com música composta por João Lucas, uma animação time lapse realizada a partir de fotografias de Henrique Queirora, e a apresentação das 7 pragas da Amazónia pelo capitão Moacir.


Esta é uma imagem da montagem, captada pelo arquitecto da exposição, Vitor Casimiro. O design é da autoria do atelier Henrique Cayatte.


sexta-feira, setembro 17, 2010

Expedição Amazónia Exposição #2



A exposição da Expedição Amazónia inaugura na próxima terça-feira, 21 de Setembro, às 19:00 no Pavilhão do Conhecimento em Lisboa.
Poderá ser visitada até 13 de Janeiro de 2011:
- de terça a sexta-feira, das 10:00 às 18:00;
- e ao fim-de-semana, das 11:00 às 19:00.

Mais informações sobre a exposição na página do Pavilhão do Conhecimento:

Amazónia #04

Aqui ficam algumas das minhas fotos da Amazónia. São muito beras mas servem para mostrar um pouquinho das aventuras e - espero eu - entusiasmar quem passa por este blog para uma visita à exposição. Garanto-vos que na exposição temos fotografias fantásticas feitas por três especialistas. Além de muitos desenhos, é claro! E banda sonora! E excertos de relatos de vários diários!

Geralmente quando saio para expedições costumo fazer questão de deixar para trás a máquina fotográfica, para evitar peso extra e para me concentrar apenas a desenhar. E também porque não tenho grande paciência para a fotografia... Mas a ida à Amazónia foi uma excepção, por ser um viagem única e porque a diversidade de temas é tão absurdamente vasta que, por muito que se rabisque, não há maneira de captar no papel tudo o que se encontra de interessante.


Esta foi a nossa casa, ao longo de duas semanas: o barco Dorinha. O capitão Moacir está em primeiro plano na canoa.


Um tronco oco onde podem haver morcegos, formigas agressivas e centopeias venenosas? É lá que o Marco vai explorar!


O Dorinha não chega aos rios com menor profundidade, por isso saímos de canoa para chegar a todo o lado.



Numa saída nocturna os nossos guias apanharam dois pequenos jacarés para desenharmos: um jacaré açú (na foto) e um jacarétinga. Uns seguravam, outros desenhavam, e os bichos ia passando de mão em mão. Bem agarrados, é claro! (Foto de Marcos Oliveira)



Os guias detectaram uma mancha castanha lá no alto das árvores e identificaram-na como uma preguiça. Subiram às árvore com a maior naturalidade e incrível destreza, apanharam a preguiça e desceram-na para a vermos.
Era um macho, visto que tinha um padrão característico nas costas. Parecia um boneco com um ar desajeitado fora da árvore. Piscava os olhos em câmara lenta. Esticava muito as patas em busca de algum ramo para se agarrar. Foi trazido para dentro da canoa onde sentimos o toque do pêlo mais áspero ou mais fino e detectámos parasitas.
Toquei numa patinha e senti-a fechar-se muuuuuito devagarinho. Quando me apercebi tinha dois dedos a serem espremidos. A Sandra achou que se a preguiça agarrasse outro dedo, largava os meus. Ficámos as duas penduradas por cima do Pedro Mendes, agarradas pela preguiça.



Caminhada na floresta para visitar uma árvore monumental, uma samaúma, caída no ano anterior.



Mestre Pedro Salgado encantado com um peixe gato.



A caminho da cachoeira do Aturiá. Aqui a água do rio é cor de coca cola e é transparente.
Pois... porque ao contrário do que se possa esperar, na Amazónia não é normal a água ser transparente... varia entre as cores do chá, do café com leite ou da coca cola!

quarta-feira, setembro 08, 2010

Expedição Amazónia: Exposição


A exposição sobre a expedição do Grupo do Risco à Amazónia está quase quase quase! Dia 21 de Setembro, no Pavilhão do Conhecimento em Lisboa.




domingo, março 07, 2010

Amazónia #02

A expedição do Grupo do Risco à Amazónia teve direito a mais um artigo de imprensa, desta vez no jornal i de ontem (sábado, 06/03).
Aqui fica o link e mais dois dos desenhos do meu caderno "sério".





Capim
Esta é uma das gramínias que crecem na água ao redor de todas as márgens.
Em vista aérea, na Amazónia as zonas verdes escura correspondem à terra -
coberta de floresta - e os rebordos verde claros correspondem ao capim.


E já agora aproveito para explicar a dinâmica dos meus 3 cadernos amazónicos.

O meu caderno "sério" foi aquele que comprei de propósito para desenhar na expedição. De dimensões gererosas (megalómanas, na verdade...) para trabalhar à vontade, com papel suficientemente bom para trabalhar algumas aguarelas, e uma capa dura em marmoreado verde.
Acabei por perceber que aquele não era o suporte ideal para o ritmo daquela expedição. Chegávamos a fazer 4 passeios de canoa por dia, com pouco tempo de paragem. Sendo assim as oportunidades de desenhar exigiam uma abordagem muito rápida. E a extração de um caderno de cerca de 27x26 cm de dentro da mochila e de um saco impermeável (protecção contra os aguaceiros tropicais), revelou-se pouco prática.

Foi então que mudei de estratégia. Peguei num caderninho pequeno e portátil com folhas ridiculamente finas, que eu levara apenas para anotações escritas e apontamentos não-amazónicos, e enfiei-o no bolso da perna das calças, pronto a sair a alta velocidade sempre que eu visse um passaroco ou uma árvore simpática. No mesmo bolso meti o water brush carregado com tinta-da-china e uma lapiseira com uma grafite 6B.
E eis que inaugurei o meu "caderno de combate nº1". A maior parte é só rabiscada rápida e pouco digna de nota. Mas ainda que não tenha os melhores trabalhos de "encher o olho", revelou-se bastante bom para registar informação e cimentar memórias sobre o que eu ia vendo.

Fui alternado de caderno consoante a situação:
- o "caderno sério", para os desenhos mais trabalhados e feitos com mais cautela, à mesa, na sala-de-jantar ou no deck do barco Dorinha;
- e o "caderno de combate", para os passeios de canoa e caminhadas na floresta, esborrachado no bolso, humedicido da chuva, mas sempre pronto para qualquer esboço.

Ao fim de alguns dias o "caderno de combate nº1" chegou ao fim e, à falta de substituto equivalente, acabei por improvisar o "caderno de combate nº2" com o material disponível:
- um molho de folhas de papel acetinado, dobradas ao meio, fizeram o miolo;
- duas folhas de papel cinzento (para trabalhos de lápis de cor), unidas com fita-cola, fizeram a capa;
- e fio-dental a atar tudo aquilo, serviu como encadernação. :)

Este ainda teve lugar para alguns rabiscos urbanos no regresso via Brasília.


Moral da história: por muito que se pense no material ideal antecipadamente (e eu pensei q.b.) há sempre necessidade de adaptar qualquer coisa às condições do local.

Neste post mostro duas aguarelas feitas no "caderno sério".

Bromélias
Estas plantas epífitas (ou seja, que crescem sobre as árvores)
foram levadas para o barco para as podermos desenhar tranquilamente.
Prescidi de um dos passeios exploratórios para conseguir ter tempo para ilustrá-las.
E por isso acabei por perder uma encontro uma família de lontras...
É este o resultado de gostar de plantinhas...

domingo, fevereiro 07, 2010

Amazónia #01

As minhas desculpas aos curiosos impacientes que sabem que passei duas semaninhas em aventura Amazónica... , que já regressei há quase um mês... e que ainda não viram desenhinhos por aqui!

A verdade é que tenho bastante para contar e não sei muito bem por onde começar. Foi uma viagem muito rica na diversidade de coisas que vimos e experienciámos.
Por isso começo por deixar aqui apenas um cheirinho, com a promessa de o completar posteriormente com mais algum sumo do desta viagem.

A viagem partiu da vontade do professor e ilustrador científico Pedro Salgado regressar à Amazónia, onde ele já esteve há quase 10 anos a desenhar no seu caderninho de campo, principalmente peixes. Depois eu e mais outros 23 fomos contagiados pela vontade de ir até à bacia do Amazonas. Fomos no total 25 pessoas: principalmente ilustradores, mas também fotógrafos, um historiador, uma jornalista e dois médicos para tratarem da saúde a esta gente toda.

O site da nossa associação - Grupo do Risco - tem mais informações sobre o projecto.

Três dos participantes na Expedição Amazónia 2010:
Filipe Martinho, veterinário e professor;
Fernando Vilhena de Mendonça, médico e ilustrador científico;
Dilar Pereira, artista plástica e professora.

Recomendo vivamente uma espreitadela ao filme do Luís Quinta - fotógrafo e jornalista que também fez parte da equipa.


À semelhança do que se passou com as expedições das Berlengas e Douro Internacional vamos expôr o trabalho realizado. Assim que tiver notícias mais concretas publico-as aqui!